Amargura!
Só podes me ofertar o silencio e a amargura,
meu pobre amor de ti só espera a indiferença...
perdoa o meu amor... perdoa-me a loucura
que quem tem, como eu tenho, um coração, não pensa...
Há muito pela vida eu seguia á procura
de alguém que viesse encher de luz minha descrença...
Foi então que te vi...e julguei que a ventura
pudesse ainda encontrar nesta jornada imensa...
E foi assim que um dia eu fui sentimental...
Acreditei no amor ...E, talvez por castigo
fizeste -me sofrer, mas não te quero mal...
Quem amou, fui eu só... Eu nunca fui amada...
Mereço a minha dor, e este sofrer bendigo
na amargura cruel de me julgar culpada...