SILÊNCIO
Foste cúmplice
das minhas loucuras
mas não fizeste
parte dos impropérios
que existiam em mim.
Sonhavas os meus sonhos
e no entanto
não ancoravas
teus segredos
no meu profano
“porto solidão”.
Chamavas o meu nome
na imensidão da noite
porém não vinhas
ao encontro da ilusão.
Caminhavas pelas
veredas da minha alma
e não delimitavas
os contratempos
dos escombros do meu ser.
Rompias as amarras
dos meus vôos inquietos
mas não deixavas
que eu conjugasse contigo
os verbos proibidos
do prazer.
Diante
de tua busca/fuga
me calei...
val bomfim