NÃO MAIS AMO O AMANHECER
Não há mais o que esperar.
Não há mais o que amar.
Restam lembranças, apenas.
De um amor que, certa vez,
Existiu.
Este amor agora é sombra
Que acompanha meus passos
Durante a claridade do dia.
Por isso, não,
Não mais amo o amanhecer,
Seja ele em versos,
Tantas vezes desconexos;
Seja ele em melodia.
O amanhecer faz-me recordar
Dos dias e dias a te procurar.
Com paz e certeza serenas,
Desafiando-me mês a mês,
A paciência me consumiu.
Este amor agora é sobra,
Caminha, assim, lasso.
E eu que tudo via,
Vivia em vão
Por não saber e prever
Que estás imerso
Num mundo convexo,
Converso em agonia.
>>KCOS<<