Reconstrução
Ressoam os sinos em lodo
Despertando a cidade inóspita
Perdida pelos tempos
Habitada pelos fantasmas da ignorância
Privando o entendimento
Com olhos desfalecidos
Ofuscam a sinuosa esperança
A cavalgada ao passado
Ameaça o frágil sono
Alimentado pelos reais pesadelos
E pelos ventos da cidade
Que diante de sua decomposição
Tenta reconstruir as pontes e pilastras
Desfragmentadas por sua cruel ilusão
Eras passadas sempre deixam marcas...
Tocam os sinos de bronze
Com o novo brilho dado pelos dias
E pelas chamas da própria ruína
A árvore da praça central cede folhas
Os galhos secos clamam a próxima estação
Que é impedida pela falta
Do som do sino de prata