RUA DESERTA
Você está tão longe
Nem sabe que existo.
Ela está lá
e eu aqui,
Nessa rua comprida
rua deserta
caminhando sem rumo
sem destino,
o pensamento longe
Está com você.
A sua imagem
está embaçada
só lembro dos seus olhos,
dos seus cabelos
de você,
mas sem rosto.
Caminho entre as árvore s
a calçada vazia
sem ninguém.
Ando depressa
sem rumo
sem destino.
O vento bate no meu rosto
sinto que estou viva.
Você existe,
mas não para mim,
Você está...
mas não comigo.
Caminhando nesta rua escura
nem estrelas,
nem lua.
estou só...
Caminhando e o frio,
Me faz sentir viva.
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Jundiaí, 19/08/1974.
(Relembrando um dos dias em que voltava para casa à pé , à noite, o que acontecia quando chegava de São Paulo da FEBASP, de trem e não tinha mais ônibus. Dava para colocar os pensamentos a funcionar.)