“Colombina”
(Luiz Henrique)

Passou o carnaval
deixe cair a máscara
desnude-se da fantasia
permita que te vejam como és - finalmente
Manter-se por toda uma vida
eternamente fantasiada
fazer-se disfarçada
não é viver – é nada
viver é mostrar-se - verdadeiramente

Em geral quem se esconde
tem de si mesmo péssima
e acertada impressão
conhece sua própria feiúra
do pensamento, da alma e do coração

O baile acabou
dancei no salão
tua marcha rancho
a orquestra parou
o romance não vai prosseguir
Bem desempenhou teu papel
cujo personagem
de máscara e véu
tem o dom de iludir

Dá-me hoje pena, menina
Por seres apenas Colombina






  • poesia com registro de autoria
  • Foto: Máscara - Autor: Ivan - copiada de: www.olhares.com