uma outra canção de amor
Outro dia se espeta afiado na madrugada
Desperta mais horror na carne já abrasada
O coração lancetado, fealdade, frieza rasa
Polvilho, insano, feridas com quase nada
Afiguradas palavras, ausências, migalhas
A angústia retórica é náusea concreta
Abstrata ou fingida tristeza indesejada
Faço o que desta canção de amor, amada?