fim da linha ou ponto final

passos ensopados

desviam meu ódio

to preso no ócio

louco por sangue

meus pés escorregaram

apenas a dúvida

a única capaz

de me segurar

penso logo inexiste

a vontade de matar

toda a incerteza

do que me disse

os dois no olhar

será que por toda vida?

quantos já passaram

por este dilema?

sinto pena

de mim

duma martelada por segundo

na fonte

pertinente

este imundo

na verdade

quem é mesmo o intruso?

Cheguei e interrompi o ciclo

Tudo que pode estar acontecendo

Poderia antes ter acontecido

Pode ser plano futuro no meu grilo

Quero mais é que se dane

Manso

Manco

Entro e sento na frente

Não tenho carteirinha

Me leva por favor

Deixa que eu vá

Sr. Cobrador

Até o final da linha

Pois ela já não é mais minha

Pode até nunca ter sido

Toca embora seu motoca

Larga na sarjeta

Este ser vencido.

Marco Cardoso
Enviado por Marco Cardoso em 21/06/2006
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