VENTOS E TEMPESTADES

Não temo os ventos fortes,

nem as tempestades violentas

que chegam varrendo tudo,

escancarando minhas janelas,

roubando meu sossego.

Não importa que raios e trovões

gritem em meus ouvidos,

emudeçam a minha voz,

tumultuem meus pensamentos.

Sei que isso é passageiro,

que a bonança virá e me trará de volta

o sol, e a revoada de pássaros

farão festa em minha janela.

Mas temo os ventos e as tempestades

de teu coração que atingem o meu

num ímpeto de raiva e fúria descomunal.

Chegam de repente, escurecem o meu dia,

e me aprisionam no calabouço sórdido

de tua mente perversa e insana.

Ah, quanta insensatez há em ti...

Do amor nunca saberás enquanto

viver em teu ser tanta estupidez...