Sem Título
Aqui terminaram minhas palavras,
nenhuma delas guardarei para dizer
no dia do julgamento final.
Minha voz se arrastará agora
para junto das ondas do mar,
que vêem a praia,fazem barulho e nada dizem.
Transmitirei mensagens as nuvens,
isentas de qualquer obrigação de serem
certas e terem continuidade de formas.
Cantarei com grilos, os mesmos sons
repetidos. Não terei obrigação de não ser monótono
pois não terei acervo de vozes.
Minhas palavras darei aos insetos,
insignificantes eles a entenderão, e estarei certo
de que não se confundirão com os homens.