Eu e a solidão

Às vezes acordo com ela,

Às vezes acordo sozinho.

A solidão me acompanha

É amiga no meu caminho.

Ah, solidão! Tu às vezes és profana

Acende a centelha da dor interior

Abandona quem tanto te ama

E deixa um vazio incolor.

A solidão que é cantada em verso

É a mesma que acompanha os amantes

É a mesma que vive em silêncio

É a mesma que sofre e consome

A solidão voraz que às vezes é salutar

A solidão maliciosa que às vezes é boa

A solidão de todos nós, do tamanho do mar

A solidão que nasceu e fez morada à toa.

Nelson Rodrigues de Barros
Enviado por Nelson Rodrigues de Barros em 02/09/2009
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