AMOR PERFEITO
(POESIAS CONTADAS)
Estás prestes a chegar,
sinto-te os passos macios
na relva por ti regada
e o perfume do teu corpo
na brisa de mim levada.
Nas cores do jardim que eleges,
depões os olhos gulosos
e, num passe de cavalheiro
à terra o joelho desces,
no cuidado de escolheres
a flor d'amor que mereces...
Sinto-te a seda das mãos,
a sombra do teu calor,
aspiro a ânsia que tens
de me colheres o rubor
tecido a oferenda do beijo
de ser-te só meu desejo...
Abro-me em notas d'almíscar,
sinto a tenrura de dar-me
à tua mão de ceifar-me
em afago de volúpia.
Cega de amor, perco o instante
em que passas, indiferente,
sob o feitiço da rosa
que te sorri, ao meu lado...
perdido d'amores por ela,
por seu fulgor encantado,
nem reparas que pisaste
a flor que um dia plantaste
e, mesmo em risco de picar-te
nos espinhos encobertos,
trocas os lençóis abertos
que t'adocei de veludo
e colhes a rosa púrpura,
que te fez esquecer tudo,
apunhalando-me o peito,
até que o meu nome próprio
será sempre "amor perfeito"...
(inspirado, transversalmente, por SEDA_NATURAL em http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=95152)
(POESIAS CONTADAS)
Estás prestes a chegar,
sinto-te os passos macios
na relva por ti regada
e o perfume do teu corpo
na brisa de mim levada.
Nas cores do jardim que eleges,
depões os olhos gulosos
e, num passe de cavalheiro
à terra o joelho desces,
no cuidado de escolheres
a flor d'amor que mereces...
Sinto-te a seda das mãos,
a sombra do teu calor,
aspiro a ânsia que tens
de me colheres o rubor
tecido a oferenda do beijo
de ser-te só meu desejo...
Abro-me em notas d'almíscar,
sinto a tenrura de dar-me
à tua mão de ceifar-me
em afago de volúpia.
Cega de amor, perco o instante
em que passas, indiferente,
sob o feitiço da rosa
que te sorri, ao meu lado...
perdido d'amores por ela,
por seu fulgor encantado,
nem reparas que pisaste
a flor que um dia plantaste
e, mesmo em risco de picar-te
nos espinhos encobertos,
trocas os lençóis abertos
que t'adocei de veludo
e colhes a rosa púrpura,
que te fez esquecer tudo,
apunhalando-me o peito,
até que o meu nome próprio
será sempre "amor perfeito"...
(inspirado, transversalmente, por SEDA_NATURAL em http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=95152)