MEUS VERSOS SÃO DORES

Meus versos não rimam

Desatinam nas lembranças

Das paixões vazias

Dos amores fingidos

Meus versos são espinhos na carne

Que arde na alma

E disfarça na face

O sentimento de dor

Meus versos são gritos contidos

Que os lábios não alcançam

Nascem dentro do peito

E morrem na garganta

Meus versos são lágrimas

Da partida sem despedida

Do vazio do desencontro

Da ferida que não cicatriza

Meus versos choram

A solidão das noites frias

A cama vazia

As lembranças de outrora.

Jose Augusto Cavalcante
Enviado por Jose Augusto Cavalcante em 10/08/2009
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