SONETO VIAJANTE
Sigo sozinho a imensidão da estrada,
Buscando a nova luz da nova aurora.
Sem hora de partida ou de chegada,
Sem hora de ficar ou ir embora.
Sigo sozinho a minha vã jornada,
Como quem sabe que chegou sua hora.
Escancaro os braços diante do nada,
E diante do nada minha alma chora.
Sou um viajante errante, solitário,
Sem rota, sem rumo, sem itinerário,
Sem mapa, sem dinheiro, sem bagagem.
Sou um viajante na estrada perdida,
Partindo em busca de uma outra vida,
Nesta vida que é uma eterna viagem.
Vagner Rossi