Matei a Poesia
Vou sufocar toda poesia de mim
Hei de cessá-la, vou esquartejá-la
E a matarei bem devagar no fim
Assassinar-te-ei poesia que fala
Calando-te das palavras acessas
Enferrujadas palavras que gritam
Melodicamente minhas tristezas
Dores que me perseguem e ficam
Falando do seu ultimo dia poesia
Dos teus linguajares de primeira
Das suas viagens longas de alegria
De cenas que tu fizestes rasteira
Vou beber! Não, vou fumar e gritar
E vou sapatear sobre letras estaladas
Desse linguajar torto, e reto a conflitar
Aplaudir sua morte de mãos espalmadas