Violão ao Luar
Ao som desta sonata
revejo aquilo que sonhei
querendo criar eu recriei
como amante a sua amada
meus dedos tremeram
ao desejarem fazer o som fluir
meus sentidos buscaram sorrir
a canção a ti ofereceram
a lua foi testemunha
muda, solitária e fria
embeleza mesmo sombria
a melodia que a ti compunha
quisera mil notas tirar
do meu quieto violão
que penetrassem teu coração
conduzindo-te, certeiro a me amar
Que pena que meu olhar
Te busca ainda no mesmo caminho
Cheinho de agudos espinhos
Que ferem e empalidecem o meu luar.