CANDELABRO
Um velho
deitado
na cama do quarto,
elegante,
barba feita,
medita em seus pensamentos azuis
refletindo-se
e sonhando acordado
o seu brilhante passado.
Como se descansando assim acamado
atrasasse-lhe um pouco mais a morte
já pressentida,
pelo rejeitado.
Carrega calmamente
o peso da tenra idade
e a sua vaidade,
( volúpia atrasada da vida que ainda lhe resta).
Iluminando o velho quarto,
Pendurado no teto sem tinta,
um velho e enferrujado
candelabro!
Arde-se em chamas
Sol, fogo, paixão e velhas lembranças
do tempo de criança.
Não me toquem nesse candelabro,
dizia o velho.
Não desliguem sua formosa luz
nem retirem-me esse seu ardor refulgente.
Tudo o que me resta
é esse calor,
tudo o que me sobra
é esse rico sabor,
da sua chama...
E se Deus me chama:
__ O velho candelabro, enterrem-no comigo!
Wildon lopes
20/05/2006
Um velho
deitado
na cama do quarto,
elegante,
barba feita,
medita em seus pensamentos azuis
refletindo-se
e sonhando acordado
o seu brilhante passado.
Como se descansando assim acamado
atrasasse-lhe um pouco mais a morte
já pressentida,
pelo rejeitado.
Carrega calmamente
o peso da tenra idade
e a sua vaidade,
( volúpia atrasada da vida que ainda lhe resta).
Iluminando o velho quarto,
Pendurado no teto sem tinta,
um velho e enferrujado
candelabro!
Arde-se em chamas
Sol, fogo, paixão e velhas lembranças
do tempo de criança.
Não me toquem nesse candelabro,
dizia o velho.
Não desliguem sua formosa luz
nem retirem-me esse seu ardor refulgente.
Tudo o que me resta
é esse calor,
tudo o que me sobra
é esse rico sabor,
da sua chama...
E se Deus me chama:
__ O velho candelabro, enterrem-no comigo!
Wildon lopes
20/05/2006