De onde estou
De onde estou,
não vejo o céu,
o nevoeiro o encobre
- ele se distancia de mim.
De onde estou,
as luzes se apagaram,
as ruas se confundem,
não consigo decifrar.
De onde estou,
pairam os disfarces e contrastes,
levantam-se mortalhas,
não posso esclarecer.
De onde estou,
amostras se adiantam,
letreiros se precipitam,
a tudo me sinto incógnita.
De onde estou,
fugiram as alternativas,
perderam-se os desafios,
atônita me desfaço no vazio.
São Paulo, 27 de julho de 2009.