SOLIDÃO
Sou o choro sem soluço, a poesia
Sem cor, o cântico fúnebre da vida
Sou desventura do amor...
Sou a mão a tatear a procura de um
Guia, sou desencanto do amor o
Desvalio da vida
Sou o choro dos amantes, que a
Distância desfez o laço que lhes
Uniam, sou a figura da vez.
Sou o canto de um pássaro, que
Preso num alçapão, longe do seu
Habitat perdeu toda ilusão ,de um dia
Criar asas e voltar á seu torrão
Sou o vazio que o tempo incumbiu-se
De cuidar, o presuntivo da vida de
Quem prometeu voltar.
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Francisco Vantuilo Gonçalves