EU NÃO VI
EU NÃO VI
O teu rosto,
Vi o teu descontrole,
A frieza da tua alma,
Tua vaidade exacerbada.
Finalmente se foi!
Do meu caminho saiu,
Da minha vida sumiu
Jardim que secou
E não floriu.
Só sobrou poeira,
Da terra arenosa,
Da primavera sem rosas,
De uma paixão mentirosa.
Felicidade enganosa,
Duro embate de deslizes,
Fomentas para ser
O que jamais serias
Sem outra vida conhecer.
Matas a esperança,
Acabas com as lembranças,
És um caçador alucinado,
Um sedutor amargo,
Lágrimas choradas
De um amor amado.
MÁRCIA ROCHA
24/07/2009