A sinfonia do desespero

OBS: Poesia feita em 06-04-2007

Dentro dos meus sonhos

Dentro dos meus olhos

Tudo se pode ver

Dentro da minha vida

Dentro da minha alma

A insignificância de algumas lágrimas

Julgam minha ignorância

E dizem que mal sei viver

Dentro da minha magia

Dentro do meu ódio

São derramadas poças de sangue

Sem razões

Sem especificações

De alguém que é frio e escasso

A alguém que talvez nunca vá amar

Entreaberto ao meu pensamento

Entreaberto a tudo que não sei e digo saber

Forçam-se as portas do inferno

Que vão levar alguém que sempre olhou

Alguém que dirá que nunca falhou

Sob o céu da minha sina

Sob o sol da minha sina

Sei que posso negar-me a essa existência

Sei que posso fugir

Um bárbaro sem luta

Um homem sem paradigmas

Dentro dos meus sonhos

Dentro do meu ódio

Nasce uma razão a qual não existe motivo

Só o infinito inteiro a percorrer

Dentro da minha vida

Dentro da minha tristeza

Existem alguns preceitos a serem cumpridos

Alguns zunidos a serem movidos

Razões para não andar

Para não entender

Não viver

Calado e cúmplice da cegueira e da inocência

Nada a ver

Sofrer

Entender que tudo é por acaso

Errado

O acaso não existe

Persiste

A vida dura em cima de pouco significado

De mais uma existência

Clemência

De alguém que não merece viver

Entreposto a todo desgosto

Ao amargo

Sobressaem-se asas

Deuses

Força do vazio

Vazio da dor

Dobram-se as sinas

Fogem-me os pensamentos

Não existe mais música

Só existe horror.