Se pudesse abrir minha alma...

Se pudesse abrir a porta da minha alma

Não pediria que olhasse meus olhos

Te entregaria uma de minhas mãos

E, num silêncio, construiríamos um pacto

Uma ponte, um ou dois elos de conexão

Entre nós

Olharia nos meus olhos o mais perdido qual fosse

E ainda assim se encontrará refletido

Como um filme, um roteiro louco

Ainda assim veria a minha vida

Abriria a porta da minha alma

Com um ou dois pretextos, talvez mais

Ser acessível é caber num agrado,

Num beijo ou toque de pele

Que indentifique o que eu sinto,

No que tu sentes.

Abriria e convidaria à minha alma

Porque me interessa te contar meus feitos

Erros, medos e tudo mais

Nem tudo que grita é alto

Nem tudo que fede é podre

Nem tudo que fere, sangra

Nem tudo que pede, precisa

Somos humanos cheios de medos

Alegrias, esperanças

Para isso abriria minha alma

Viver mais virtual o meu real

É se aproximar dos meus certos e errados

Sonhos, meus sonhos

Estes em mim, minha alma.