Saudade das Lágrimas
Tentativa frustrada
Os olhos não reagem
Não há dor nem arrependimentos
Não enxerga o amanhã e nem planos
Saudade das lágrimas incessantes
Quando naquele instante o corpo tremeu
As mãos viraram galhos de arvores secas
Contorcidas , arroxeadas
Saudade de sentir o toque apaixonado
As dores das paixões
Cicatrizes de tempos esquecidos
De lágrimas quentes
Mas que tinham vida
As lágrimas não caem de corações endurecidos
Brutalizados
Esquecidos
Escoam cascatas de água salgada no belo rosto da menina apaixonada
Enquanto a mulher as contém
A menina consegue vislumbrar um futuro
Contudo a mulher prevê desilusão
Dos tons da decepção
Avista a bela e doce tormenta
Dos atribulados sentimentos
Paixão
Calor
Emoções
Quando existiam lágrimas havia vida
No caminho hostil e vicioso
Perde-se a atitude
Seguindo sozinha
Como na maldição
As lágrimas escorrem
O suor contorce com o prazer
A boca esboça um sorriso
As ondas do mar se agitam
Recobra a consciência
Reconquista a vida
Sem ninguém