Minhas mãos vazias, meus ombros miúdos...

Minhas mãos sem as tuas não valem nada.

Meus ombros sem tua cabeça são ossudos,

Estética completa de uma espádua descarnada.

Tão perto e tão longe, eis o fato. Atualmente

Enquanto meus olhos se perdem na imensidão

Das noites tamanhas, a lua palidamente

Observa-me. Faz parte da minha solidão.

Saudade de ti, de teus olhos buscando os meus.

Tua presença sempre ao meu lado como antes.

Oh, tédio que me embala!Deus, meus Deus!

Fechai as bocas dos ecos soltos e berrante!

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 05/07/2009
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