SÓ
Minhas mãos vazias, meus ombros miúdos...
Minhas mãos sem as tuas não valem nada.
Meus ombros sem tua cabeça são ossudos,
Estética completa de uma espádua descarnada.
Tão perto e tão longe, eis o fato. Atualmente
Enquanto meus olhos se perdem na imensidão
Das noites tamanhas, a lua palidamente
Observa-me. Faz parte da minha solidão.
Saudade de ti, de teus olhos buscando os meus.
Tua presença sempre ao meu lado como antes.
Oh, tédio que me embala!Deus, meus Deus!
Fechai as bocas dos ecos soltos e berrante!