CAVEIRAS ENFEITADAS
Vidas de sonhos, fantasias, ideais
Indo de encontro ao fatal
Anseios, expectativas se vão
É morte e não natal
Espinhos, decepções e dor
Homens corruptos, cruéis
Orgulho, vaidade, arrogância
Foram os dedos, ficaram os anéis
Restante do que se foi
Exaltação do poder, das matérias
O glamour da pedra preciosa
Contrastando o escorrer das artérias
Ao se fecharem os olhos
Nada mais a se fazer
O corpo perfumado de outrora
Vermes estão a comer
Em berço esplêndido, capitalista
Gigantes vivendo de fachadas
Porém, dura é a realidade:
São apenas caveiras enfeitadas.