CAVEIRAS ENFEITADAS

Vidas de sonhos, fantasias, ideais

Indo de encontro ao fatal

Anseios, expectativas se vão

É morte e não natal

Espinhos, decepções e dor

Homens corruptos, cruéis

Orgulho, vaidade, arrogância

Foram os dedos, ficaram os anéis

Restante do que se foi

Exaltação do poder, das matérias

O glamour da pedra preciosa

Contrastando o escorrer das artérias

Ao se fecharem os olhos

Nada mais a se fazer

O corpo perfumado de outrora

Vermes estão a comer

Em berço esplêndido, capitalista

Gigantes vivendo de fachadas

Porém, dura é a realidade:

São apenas caveiras enfeitadas.

Alessandra Borges
Enviado por Alessandra Borges em 02/07/2009
Código do texto: T1678687
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.