QUE SE DANE...

Que se dane o mundo

De perspicaz incerteza,

Se quer viver morimbundo,

à fazer piruetas em proeza...

Na verdade, que se dane

Todo esse mundo vil, afinal,

E que ninguém à si reclame

Suas dores de ética moral...

Moralista, moralmente se é,

No que tange à se ter boa vida,

Se quer, sempre, sombra e água fresca

E bons pratos de comida...

Não se quer trabalho,

Se quer, sim, bom emprego,

Quem perde tempo trabalhando

Não tem tempo de ganhar dinheiro...

Não se pretende ser mais um

Na lista negra do governo,

Quer se pagar tributos em dia,

Para, de surpresa, não ser pego...

Muito mente, quem diz que é

Trambiqueiro e sonegador,

Trambiqueiro, até que se pode ser, mas,

Sonegador de obrigações, isso pois, jamais.

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 29/06/2009
Código do texto: T1672901
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