ÚLTIMO ATO

Começa a Peça.

Uma estátua no meio do palco.

A sua frente, uma platéia silenciosa,

Curiosa e inquieta.

O enredo tem suspense e tem mistério.

Bem escrito e bem elaborado,

Tem finalidade de sem requinte,

Expor a síntese do pensamento,

Que há no interior de cada um.

Não para análise, mas para alerta.

Informação, esclarecimento,

Com argumentação e demonstração,

De uma realidade pura que é breve.

Casa admirada,

Incrédula, surpresa,

Tensa, pasma e ansiosa...

Presta atenção!

E no último Ato,

É provado, sem contemplação,

Que o amor, cantado pelos poetas,

De forma desesperada e bela,

É a mais pura ilusão.

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