MENTIRAS

Colocastes meus pés nós chão

Retiraste-me do céu

Abristes meus olhos

Olhos que não queriam ver

Feriste-me com palavras

Deixaste-me sem ação

Faltastes com a verdade

Iludiste meu coração

Mentiras ditas como verdade

Investidas de possibilidades

Surpreendeu-me a coragem

O teu sentimento de impossibilidade

Até a mentira era verdade!

A mentira caminha com os que não acreditam na possibilidade

Cega-lhes os olhos

Não vêem a maldade

Cercam-lhe de confiança

Mas tiram-lhe a lealdade

De malícia seguem seus passos

Mas seus dias estão contados

Quem um dia montou-se na mentira

Cairá do cavalo

Já a verdade acompanha os leais

Abrem-se os olhos de quem anda com a justiça

A sabedoria guia-lhe os caminhos

A força impulsiona-lhe a romper os obstáculos

Não tendo medo de um dia cair

Mentiras ditas como verdades

São facas de dois gumes

A possibilidade do sucesso

Nunca será maior que certeza da conquista

A confiança abalada

Impossibilita o desfrute

E a mentira não servirá para nada

A não ser a cara marcada

De quem um dia não acreditou em si.

Fernanda Alves

17/06/2009

Fernanda A Fernandes
Enviado por Fernanda A Fernandes em 28/06/2009
Reeditado em 22/07/2013
Código do texto: T1671388
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