NA DANÇA DA SOLIDÃO
Julgo agora a vida como inútil
ao reviver esta humilhante desilusão.
Derramei todo o meu pranto
na primavera,
por ti,
oh cinza de meus dias...
Busquei inúmeros caminhos para
penetrar teu negro manto
e iluminar teus olhos...
porém insiste em recuar
e provocar-me mais dor.
O que seria necessário fazer ainda,
sentir ainda,
para que percebas meu amor?
Em teu ínfimo
estás também em desespero,
mas sabes controlar-te.
Direi agora que
caia logo em meus afagos,
antes que todo teu cinza
destrua meu jardim.