O que fazer se quero você?
(Este foi o primeiro poema que eu escrevi. Só tinha 15 anos na época. Como minha amiga, Ianara gostou muito - e ela é mais nova do que eu - resolvi guardar)
Em minha angustia não sei o que fazer!
Vontade de morrer e não mais viver!
Se você soubesse o que eu queria...
Queria de você era amor e alegria.
Queria te ver contente,
sabendo que sempre te amaria,
não está em sua mente.
Não sei explicar o que sinto por você,
mas desejo o seu amor,
felicidade a vontade, seja como for!
Não quero mais a dor!
Penso o dia inteiro:
- Não fui um com parceiro?
Não, não pode ser! Dei a ela o meu viver!
Cri e entendi que sempre te quis!
Tendo você comigo, sempre serei feliz!
Você me largou sem dar nenhuma explicação –
Não sei a razão, o porquê...
Meu coração agora ferve na solidão!...
A angustia toma conta da minha vida;
o coração fechado para um novo amor...
Vida iludida, vazia, intranqüila, sem cor.
O que fazer?
Não sei! Respondi a mim.
Será que fui tão ruim assim?
Para que eu te quis?
Para sofrer uma dor macabra?
Sofrendo, pensando, sonhando com minha amada...
Neste mundo de ilusão e fantasia, o que fazias?
Pensava em outra pessoa nas horas vagas?
Uma agulhada no meu coração foi à gota,
explodiu como uma bomba, espalhou-se à toa.
Não!!! Tem que haver um jeito de reconquistá-la,
sempre irei ama-la, nunca a esquecerei.
Mesmo que eu encontre outro amor, sempre pensarei em você.
Tento te tirar da minha cabeça,
mas o seu rosto está gravado na minha mente.
Por favor, não me esqueça! Não me deixe assim!...
- O que fazer? – pergunto a mim mesmo.
- O que farei se quero você?
Só você pode me ajudar!
O tempo pode apagar; isso nada vai mudar.
De uma hora para outra fiquei na “deprê”!...
Pensando em você, tentando te esquecer, mas como? Se você...
Lembro-me... Lembro dos teus olhos, da tua boca,
do teu cabelo, do teu rosto, do seu corpo e penso:
Um dia isso foi meu!... e choro, louco, tenso, choco, feio...
O que fazer meu Deus?
Não vacilei, mas perdi.
Deus e você estão no meu coração. Esquecer-te? Não dá!
Nada mais a perguntar, muito argumentar:
Amor do meu amor não ganhei!
Apenas o que ela queria: momentos de prazeres e fantasias.
Alguém pode ter iludido sua cabeça
enchendo-a de besteira para que me esqueça
e não se lembre mais de mim.
Só quero você! Só você!... Ame-me como sempre te amei!?
Rimas não irão mudar essa história,
talvez nunca terei vitória,
mas tu sempre estarás em minha memória.
Afinal eu não sei explicar e dizer...
Com palavras nunca disse a você,
pois nunca quis bater um papo de namorada e namorado,
talvez isso para tu era um saco.
Expressão alguma pode dizer o que sinto!
Mesmo que eu te traia e minta...
Disso nada vale! Porque tu és o meu amor!
Demorei a te dizer e agora já que tu se foste eu digo:
Te amo!!!
Não da boca para fora, mas sim de todo o coração!
E quero você comigo do meu lado amorzão!!!
São Paulo, 1995.