Ainda no passado
elisasantos
Monumento erigido com carícias
Imprimiu delícias com perícia
Sextavou pedras que espalharam brilhos
Lapidou sentimentos embrutecidos pelo desamor
Com a linguagem do corpo versejou desejos
Deu relevo aos anseios do coração,
o dia-a-dia levou a magia, a noite
Tomou conta dos dias, a lua não descansou
Divago e não localizo, onde terá espaço
Para o desejo, os afetos loucos
Que teimam em existir no corpo que teimoso...
...Tem os seus sentidos ainda aguçados
Ainda são passado, são tempo que jaz
Parado, vivendo o que acabou.