Volta Limão
Não passo de um tratante.
Volto para a poesia com essa cara de pau.
Egoísta.. Pra aliviar esse instante.
Só até eu enxergar um final...
Porque final mesmo, não teve...
Não pra mim...
Vivo o vão daquele dia até esse hoje. Vão.
Como recomeçar sem um fim?
Como se chama esse tempo?
Em que tudo para.
E se tira forças do nada.
Para negar o que sente.
Ai de mim poesia...
Só rejeitado tem produção...
Gente que consegue fazer suco de semente...
E o meu limão?
Não dava bola pra isso.
Estava contente.
Talvez ela até me preferisse poeta.
Com a sensibilidade sempre alerta...
Por que vocês sabem o que o Rubem Alves diz:
Não faz pérola.. uma merda de ostra feliz...