CUMPLICIDADE
O maior de todos os prazeres, é minúscula migalha
Ante o orgulho que sentes ao maltratar e espezinhar
Meu coração partido, não bate por si!
Autômato e escravo clama por teu nome
E, indiferente a tudo debochas de mim
Sou o próprio espelho onde refletes
Sem escrúpulo nenhum a tua verdadeira imagem
Provocas-me para que numa atitude de desespero implore por tua presença
Embriago-me neste rio de amarguras
A nicotina nunca teve sabor tão áspero
Disfarças as lagrimas com gargalhadas vazias
Atiras-te desesperadamente em busca do amor, comprado por minutos
Não podes continuar a farsa por muito tempo
Sei que nada tenho a oferecer, nem o direito de te pertencer.
O máximo que posso e acalmar a solidão da tua cama
E nessa hora que somos tão frágeis
Nos descobrimos tão nossos
Choras, verdadeiras lagrimas amargas.
A penumbra tem a magia da confissão
Aconchegas-te no meu peito e o mundo dome por instantes
O único som audível são teus soluços
Viajo contigo para muito longe
E novamente me aceitas como sou