Lenços
Lenços
Em bela noite de escolhas
Preferi despedir-me dos tantos adeuses
O prelúdio rico de antigos acordes
Continha melodia de apenas uma nota
Retornei correndo para teus braços
Muito longe de teus abraços
Suaves retoques espelhados em reluzes
Esperavam ainda pelo reflexo
De tudo que foi transitório
Das promessas entre beijos e desejo
Restou de tudo o contraditório.
Carrego meu amor silenciado
Onde ainda guardo os segredos
De que não foste merecedora.
Em bela noite de escolhas
Despiste sem nenhum pudor e recato
Mostrando-te nua em teu nunca amar.
De longe abanavas em adeus
Teu lenço branco, gotejando meu sangue.
Perdeu-se em cósmicos dissabores
Toda a magia de uma simples volta.
Permaneço nesta noite agora sem escolhas
Aguardando alvo lenço, de um sempre amar.
Jaak Bosmans 28-05-09