FERAS FERIDAS

Tua máscara pueril e inacabada

Molda teu rosto meio transfigurado

Ao atuar em palcos bem montados

Onde representas mal o teu enredo

Querias mesmo era usar meu amor,

Para tanto abusaste dos teus encantos

Pisando chula sobre o meu orgulho

Para depois tentar destratar-me

Como se fora um reles maltrapilho

No abandono não pensaste em mim

Do início, meio ou sequer no fim

Aqui e agora tento narrar essa história

Das mais esdrúxulas, vis e inglórias

Cai-me sobre os pés a tua infâmia

Ferindo a ti mesmo pela blasfêmia

Que cultivastes com a tua insânia

Eu, refeita, continuo viril e orgulhosa

Cônscia do meu real valor na estrada

Digo-te: Afasta-te da minha presença

Não quero mais essa tua maledicência

Teus pés não servem para pisar meus passos

Que são dignos, firmes, honestos nos traços

Portanto não me busque mais nesse pedaço

Siga o teu rumo que o meu eu mesmo faço.

Dueto: Roberta Teperino e Hildebrando Menezes

Nota: Inspirado in “Amores Etéreos” p.47

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 31/05/2009
Reeditado em 01/06/2009
Código do texto: T1625565