DO AVESSO
Rasgo meus versos.
Perversas foram as artimanhas,
apoiadas por quem consome a mentira.
Talvez, isso ainda me fira,
por algum tempo, talvez, nem tanto.
Talvez, algum rancor, algum pranto.
Com certeza, eu irei esquecer.
Minhas tentativas nada trouxeram.
Roubaram de mim o melhor.
Eu cedi, escolhi o pior,
mesmo sabendo qual seria o preço.
E do amor que eu pensei existir,
sobrou-me esse amargo avesso.