Pomar Do Meu Passado



Cada árvore, cada ano
Cada folha um engano
Mas, no fruto: As sementes
Bulbos germinam insistentes

A laranjeira deixou-se apodrecer
Por falta de amor e bem-querer
Das suas folhas sobram chás
Porém de amores, não dirás

As amoreiras regalaram-nos doces
Souberam, ser traiçoeiras foices
Que dilapidaram o pedestal
Enterrando o amor , no quintal

E do pé de manga , a desilusão
Que arrasou meu pobre coração
Foste embora sem me dizer
Eu fiquei, e nada pude fazer