O montador de defeitos
Em análise retroativa
Meus vícios, em cadeira cativa
Deles, a responsabilidade eu questionei
Onde foi que eu errei?
Os amigos que perdi
Ou os amigos que eu nunca achei?
Não encontrei minhas amantes
Teria procurado por caminhos errantes?
Teria eu buscado o amor?
A riqueza, como em soro
Absorvi em de gota em gota o tesouro
Não cantei com a sorte em coro
Os bondes pararam onde deviam
Os frutos estavam onde nasciam
De olhos fechados, olhava a tudo e não via
Eu, eu mesmo montei meus erros
Fiz das glória todos os enterros
Só eu mesmo sei, onde foi que fracassei
De tudo esperei da mão Divina
E todas as esperanças malogradas
Eu as montei em minha própria oficina