O PLANETA DAS SOMBRAS
Era o reino da tristeza
Rio onde todo o mal
Vinha desaguar
Era lá que encontrávamos
As almas
Que nem no purgatório conseguiram entrar
A lei de todos os dias
Era o receio permanente
De tudo o que se construía ser demente
Porque a loucura
Dominava as ruas e as almas
Pena não assumida
De que nenhuma pessoa estava salva
Falava-se por murmúrios
Um berro era um suspiro
O riso proibido
Terrível inimigo
Invisível nos olhares escuros
Que todos ostentavam
Eram obrigados
A envergar
Fato sem cor
Que se confundia com a noite
Mas não com o luar
Dado até este ser negro
Possuir algo
De secreto
Na sombra da nossa Lua
Criamos magia
Lá planta-se a porfia
De quem nada tem
De quem tudo perdeu
Ali era a terra do nada
De nenhuma circunstancia e sombria pompa
Sejam bem vindos às trevas
Ao
Planeta das sombras