VAZIO

Me dê duas ou quatro linhas

Mesmo que seja um mero desabafo

Pois sinto falta das tuas vírgulas

E me entristece tuas pausas

Tuas reticências tão cheias de mistérios

Se ocultam agora em parênteses vazios

Que trazem interrogações sagazes

Em abre aspas sem autores

Exclamações com objetivos

Neste silêncio que paira no ar

Peço-te permissão

Para que a pena dourada

Que habita em teus dedos

Sempre brilhe com a tinta que realça

Os olhos de quem o admira tanto

Resgatar de dentro de ti a magia

Que fascina, embriaga e ilumina

Para tocar os sonhos do

Coração que depende do teu

Encher de forças, entusiasmo

O dia vindouro do asterisco

Que procura mover para longe

As adversidades, contrariedades

Que serpenteiam os amáveis colchetes

Me dê duas linhas paralelas somente

Para reconhecer um indefinivel coração que dói

Dentro do doce silêncio de uma utopia magistral

Tentando salvar um amor marginal

(MA SOCORRO)

ma socorro
Enviado por ma socorro em 17/05/2009
Código do texto: T1598973