VAZIO
Me dê duas ou quatro linhas
Mesmo que seja um mero desabafo
Pois sinto falta das tuas vírgulas
E me entristece tuas pausas
Tuas reticências tão cheias de mistérios
Se ocultam agora em parênteses vazios
Que trazem interrogações sagazes
Em abre aspas sem autores
Exclamações com objetivos
Neste silêncio que paira no ar
Peço-te permissão
Para que a pena dourada
Que habita em teus dedos
Sempre brilhe com a tinta que realça
Os olhos de quem o admira tanto
Resgatar de dentro de ti a magia
Que fascina, embriaga e ilumina
Para tocar os sonhos do
Coração que depende do teu
Encher de forças, entusiasmo
O dia vindouro do asterisco
Que procura mover para longe
As adversidades, contrariedades
Que serpenteiam os amáveis colchetes
Me dê duas linhas paralelas somente
Para reconhecer um indefinivel coração que dói
Dentro do doce silêncio de uma utopia magistral
Tentando salvar um amor marginal
(MA SOCORRO)