PRISIONEIRO DA VIDA
* * *
Aprisionaram-me!
Não sei quando, nem porquê,
Mas aqui me encontro, perdido.
Deram-me um corpo;
E pernas para me mover;
E mãos para me servir...
Deram-me olhos para ver;
E boca para comer;
E língua para falar...
Deram-me emoções para sentir...
E eis-me aqui tão exposto
Às dores e às alegrias do mundo.
É por isso que eu sofro e corro!...
É por isso que eu grito e canto!...
É por isso que eu choro e rio!
Quem me aprisionou neste corpo?
Quem me deu estes sentimentos?
Quem me castigou tão severamente?
Carcereiro, meu cruel carcereiro!...
Tem pena de mim e devolve-me ao meu Reino...
Não suporto viver emoções tão contraditórias!
30.04.2009, Nelsom Brio