RENÚNCIA

Tu, Mulher, que renunciaste:

- ao carinho,

- ao amor...

escuta este poema

que é pra ti.

Tu, que caminhando vais,

em busca do passado...

ou talvez do tempo!...

Mas, o passado não volta

e o tempo demora.

A ti que olhando a Noite

procuras o Sol...

- Ele existiu e te abrasou.

A ti, que renunciaste,

a ti Mulher só

eu fiz este poema,

para que te não sintas

tão só

...como coisa deitada ao chão

e que não presta!...

...como folha caída

espezinhada e varrida,

no Outono!

A ti, Mulher só,

na solidão da noite

ou na alegria do dia,

eu fiz este poema.

A ti, Mulher que renunciaste,

escuta a minha prece.

A prece de uma Mulher só...

como coisa morta,

afastada da vida,

esquecida.

Eu, como tu, renunciei:

- ao amor,

- à felicidade...

que desejava de verdade!

Mas, tu Mulher,

não estás só!

Porque eu estou contigo

e penso em ti;

e venho dizer-te

para que não renuncies,

mas antes luta.

Tens que lutar:

- pela felicidade,

- pelo Amor,

- pela vida e...

... pelo carinho, desse Alguém

que ao se afastar,

te fez desesperar

e te fez sentir também:

- Só!... Nada... Ninguém!

By@

Anna D'Castro

(D.A.Reservados)

do livro AQUELA VOZ

Anna DCastro
Enviado por Anna DCastro em 20/05/2006
Reeditado em 11/03/2015
Código do texto: T159311
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