O vinho negro

O amor que tenho ao meu ódio

Agora vem me dizer,

Porque este instinto materno

Insiste em me fazer sofrer...

Opaco sombrio e obscuro,

Que raios partam para ver

O sal sobre a borda medonha

Que faz tanto o ébrio temer.

Eu provei tua verdade,

Dilacerando gargantas racionais,

Onde pude degustar as mentiras

Em palavras sinceras e formais...

De todas as cores provadas

De uma névoa desnudada,

Fantasias profanas ao acaso,

Que nunca levaram a nada...

Eu quero beber o teu sangue!

Com gelo e adrenalina,

Eu quero provar tua carne,

Sem o tempero desta inútil morfina.

Que seja perverso esse amor,

Que paredes não marquem limites

Que o cálice que teve pudor

Desmanche por uma linha tênue.

Não quero ouvir teu orgasmo,

Nem mesmo sussurros uivantes!

So quero sorrir com sarcasmo

E desmascarar o presente!!!

Ao longe percebo que a lua,

Informando que a noite passou,

A pseudoverdade foi sua

Quando meus gametas

Em teus cabelos emaranhou!!!

Retire daqui esse cálice!

Que enegrece todas as cores,

Não preciso ouvir argumentos!

Não me iludo com as inverdades

So quero provar disso tudo

Despido dessa falsidade!

Não me olhe com palavras bizarras!

Não me prove com tanta ilusão

Eu quero remeter a verdade,

Para dentro desse coração!

Não quero teus olhos sedentos!

Despidos e entregues a cidade,

Só quero um pouco de culpa

Degustando a realidade!

http://gessebsb.blogspot.com

Gessé Cotrim
Enviado por Gessé Cotrim em 12/05/2009
Reeditado em 25/09/2009
Código do texto: T1590741
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