O vinho negro
O amor que tenho ao meu ódio
Agora vem me dizer,
Porque este instinto materno
Insiste em me fazer sofrer...
Opaco sombrio e obscuro,
Que raios partam para ver
O sal sobre a borda medonha
Que faz tanto o ébrio temer.
Eu provei tua verdade,
Dilacerando gargantas racionais,
Onde pude degustar as mentiras
Em palavras sinceras e formais...
De todas as cores provadas
De uma névoa desnudada,
Fantasias profanas ao acaso,
Que nunca levaram a nada...
Eu quero beber o teu sangue!
Com gelo e adrenalina,
Eu quero provar tua carne,
Sem o tempero desta inútil morfina.
Que seja perverso esse amor,
Que paredes não marquem limites
Que o cálice que teve pudor
Desmanche por uma linha tênue.
Não quero ouvir teu orgasmo,
Nem mesmo sussurros uivantes!
So quero sorrir com sarcasmo
E desmascarar o presente!!!
Ao longe percebo que a lua,
Informando que a noite passou,
A pseudoverdade foi sua
Quando meus gametas
Em teus cabelos emaranhou!!!
Retire daqui esse cálice!
Que enegrece todas as cores,
Não preciso ouvir argumentos!
Não me iludo com as inverdades
So quero provar disso tudo
Despido dessa falsidade!
Não me olhe com palavras bizarras!
Não me prove com tanta ilusão
Eu quero remeter a verdade,
Para dentro desse coração!
Não quero teus olhos sedentos!
Despidos e entregues a cidade,
Só quero um pouco de culpa
Degustando a realidade!
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