LATENTE
LATENTE
No cômodo escuro do eliseu
Descando pensativo o ferido corpo
Que outrora ditoso - agora morto
Na lage fria do funesto coliseu
Inda trago trépida a alma pungente
Chaga a segregar minha dor final
Sob o travesseiro o incógnito madrigal
Poemas e rimas do amor latente
Meu suspiro ainda ecoa no teu seio
Me negaste amor ao beijo alheio
Punhal cruel da traição
Na poça do destino fiquei sem manto
Mas saiba que no frio do teu encanto
Serei os escombros de tua alucinação