A FORÇA DA PALAVRA
Tinha nas mãos um pequeno pedaço de papel
Um tanto amarrotado
Era um pedaço minúsculo, de um papel ordinário
Mas saibam que este pequeno papel reduzia-me
Ao mais triste dos homens
Prendia minha respiração e me fazia tenso
Nele havia apenas uma palavra
Uma palavra comum, ordinária
Muito conhecida e usada em todo lugar
Mas ela naquele pedaço de papel
Tinha agora o poder de alterar-me
Inexoravelmente, a mim e a minha vida
Minhas emoções, meus sentimentos
Era o gume do aço que cortava a alma
Que abria-a para o vento que sopra versos doídos
Dentro da gente, nos campos da solidão
Naquele pedaço de papel
Estava escrito a palavra:
“ADEUS”