Simples Assim
Estou preso
A precariedade de minha alma
Que inoportunamente
Insiste em coexistir
Com esses pensamentos dúbios
Que norteiam
Os alicerces de minha subvida
Ora comedidos
Ora arredios
É exatamente
essa singularidade tão costumeira
Que repudio em mim
Diante de tantos
Segundos não raro
Perco-me
Sem nunca mais
Achar-me
Indo além dessa condição
Condeno-me
pelo horizonte estar tão longe
Contudo não sei se algum dia
realmente desejei tê-lo
O que sei
É que
Continuando nesta pasmaceira
Nunca o alcançarei
Asssim
Gostaria de voltar
Ao início
E reescrever
Aquilo que nunca foi escrito
De preferência
Em um papel que não seja este
E em uma tarde que não seja essa