Simples Assim

Estou preso

A precariedade de minha alma

Que inoportunamente

Insiste em coexistir

Com esses pensamentos dúbios

Que norteiam

Os alicerces de minha subvida

Ora comedidos

Ora arredios

É exatamente

essa singularidade tão costumeira

Que repudio em mim

Diante de tantos

Segundos não raro

Perco-me

Sem nunca mais

Achar-me

Indo além dessa condição

Condeno-me

pelo horizonte estar tão longe

Contudo não sei se algum dia

realmente desejei tê-lo

O que sei

É que

Continuando nesta pasmaceira

Nunca o alcançarei

Asssim

Gostaria de voltar

Ao início

E reescrever

Aquilo que nunca foi escrito

De preferência

Em um papel que não seja este

E em uma tarde que não seja essa

Lucas Lira
Enviado por Lucas Lira em 06/05/2009
Código do texto: T1578654
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