Vendo uma dor desarvorada

Que camufla qual erva daninha

Se esparramando num canteiro de saudade

Esta dor que se faz só minha.

Preciso buscar um novo jeito de viver

Que não seja fútil e indiferente

Que não venha ferir meu coração

E que não insulte a minha emoção.

Em troca ofereço um coração

Que tem muito espaço para abrigar

Anseios, carinho profundo

Mas que estão limitados ao meu mundo.

Dou a mais completa docilidade

Anos de complacência e passividade

Quero tornar minha vida diferente

Transformando-a em atuante e abrangente.

Procuro um sonho astucioso

Que possa ser bem aventureiro

Quero que seja também amoroso

Para momento alvissareiro.