Era Uma Vez...

A viagem durou horas impossíveis...
Tentei (por ilusão) ver o meu amor...
Da janela, curtia uma bela flor;
Cantei mil versos; - Versos incríveis!...

Os meus momentos eram infelizes,
Cada árvore movia um sonhador!
Estava nas mãos sóbrias de voador:
Era a nave das rosas invisíveis!...

Acordei... Caíam pedras da cascata,
Morrera o acorde da serenata...
Estava só no meio da multidão!...

O rádio calou-se naquele mar;
Nas águas: - uma dor a selar
O caos da maré: - Uma solidão!...

Ribeirão Preto, 04 de maio de 2009.
04h04
Machado de Carlos
Enviado por Machado de Carlos em 05/05/2009
Código do texto: T1577564
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