Asas às quimeras

Dei asas às minhas quimeras, (absurdo)

e elas voaram tão alto, inconseqüentes,

lá de cima eu podia deslumbrar tudo

mas certa hora quis voltar ao chão novamente,

contudo não me obedeceram as asas

tomaram rumos sozinhas, negligentes,

e eu seguia avistando superficialmente

as situações deslumbrantes que se passavam.

E eu inescrupulosamente lamentava

a desobediência das quimeras que eu dera asas,

impediam-me de descer e eu não pousava,

queria os pés no chão e viver novamente.

Camila Trideli
Enviado por Camila Trideli em 02/05/2009
Reeditado em 02/05/2009
Código do texto: T1571596