Asas às quimeras
Dei asas às minhas quimeras, (absurdo)
e elas voaram tão alto, inconseqüentes,
lá de cima eu podia deslumbrar tudo
mas certa hora quis voltar ao chão novamente,
contudo não me obedeceram as asas
tomaram rumos sozinhas, negligentes,
e eu seguia avistando superficialmente
as situações deslumbrantes que se passavam.
E eu inescrupulosamente lamentava
a desobediência das quimeras que eu dera asas,
impediam-me de descer e eu não pousava,
queria os pés no chão e viver novamente.