Trágica obediência

Congruência,

De fato

Passo

Aquiescência.

Na mais trágica obediência,

Subjugo-me às farpas sem a eloqüência,

Do diacho do pachola que acho em um cacho de dormência

É a ciência de ver tudo no nada e nada do tudo.

Para tudo um saber não querer saber,

Se sabia saber,

O que via e tendia

Querer não saber.

Nos olhos meigos

Prazer em ser

Uma conotação, sem ação,

Da motivação da ação.

Do cão que late

Mas não morde

Deseja

Mas não beira o norte.

Sorte para o momento,

Se sorte

Do sul ao norte,

Para o segundo do querer.

Saber fazer

Eternizar momentos

Para lembrar depois

Que a lua se pôs.

Sol no horizonte, por detrás das nuvens;

Devorado pelo oceano esfria-se em lua;

Leva a lembrança nua do que nunca foi

Mas acredita será.

Nos contos e prantos;

Que depois da noite, lua se pôs;

Sol se ergue para o desencanto

De quem ficou.

Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 23/04/2009
Reeditado em 24/04/2009
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